segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A PERPETUAÇÃO DO CLÁSSICO


Graças a ele, todos os outros puderam surgir...


Elementar, meu caro leitor!

Hoje resolvi falar sobre uma personagem fictícia que, sem sombra de dúvida, você conhece. Ele é dono de parte da expressão que usei acima e representou desde o seu surgimento um papel importante na literatura internacional.

Estou falando de Sherlock Holmes – caso você ainda não tenha percebido! -, que é, com certeza, o mais famoso detetive do mundo. Criado por Sir Arthur Conan Doyle, médico e escritor britânico adepto do espiritismo, é a peça-chave de uma grande revolução no campo da literatura criminal, protagonizada por seu autor. Sempre resolvia seus mistérios na base dos mais simples métodos científicos e, principalmente, da dedução. Tão famoso quanto ele próprio é seu amigo e colega, Dr. Watson, também servo da medicina que trabalhou um tempo no Afeganistão e que acabou virando seu biógrafo, com quem vivia em Londres, na 221B Baker Street.

Seu primeiro caso é contado em A Study in Scarlet (Um Estudo em Vermelho, aqui no Brasil), talvez o mais famoso livro do Cânone Sherlockiano junto de The Hound of the Baskerville (na tradução brasileira virou O Cão dos Baskerville). O primeiro romance foi originalmente publicado na revista Beeton’s Christmas Annual, no dia 01 de dezembro de 1887, e nos apresenta uma trama envolvente, a qual pertence um homem morto, sem nenhum ferimento no corpo, mas com várias manchas de sangue à sua volta, terríveis e vingativos vilões como Drebber, Stangerson e Jefferson Hope, e uma espécie de “conspiração” envolvendo os mórmons. Enfim, é tão emocionante quanto qualquer outro thriller atual.

Talvez por isso, ao longo do tempo, pipocaram livros, filmes, séries, etc, tendo como protagonistas detetives profissionais ou não, desde o sagaz Hercule Poirot e a adorável Miss Marple, magistrais e muito conhecidas concepções de Agatha Christie, a Dama do Crime – confesso que fiquei com um nó na garganta quando li as últimas aparições deles, principalmente da senhorinha de St. Mary Mead –, até Monk e Veronica Mars, que de tão cheios de manias ou novos, porém competentes, ganharam suas próprias séries de TV. Também não podemos esquecer de figurinhas como Nancy Drew e sua saga quase que interminável – só pra constar, o número de livros que têm ela como personagem principal passa da linha dos 30 e já lançaram um filme inspirado nas histórias dela, estrelado por Emma Roberts, sobrinha vocês sabem de quem! –, e Velma e os outros personagens da série animada Scooby-Doo.

Este é o poder de um grande clássico: ele nunca deixa de existir, mesmo que não tenha seu nome mais lembrado por todos. Ele se perpetua através de outros personagens que, aparentemente, não têm nada a ver com ele. A não ser por conta do dom de descobrir, mesmo que de formas diferentes, crimes de hoje, de ontem e de sempre.

Neste dia em que se “comemora” o 121.º aniversário de publicação do primeiro livro sobre Sherlock Holmes, eu só tenho uma coisa a dizer: como eu gosto desse cara!

OBS: É bom deixar claro que o famoso bordão de Sherlock Holmes - "Elementar, meu caro Watson!" - não pertence a nenhum livro do Cânone Sherlockiano, mas foi criado para as peças de teatro, assim como muitas outras peculiaridades da personagem, como o cachimbo curvado.

12 pessoas não são caloteiras! Viva! \o/:

iti disse...

personagem velho msm, hen?!
bacana!

http://500x100.blogspot.com/

Anônimo disse...

Nossa, que legal vc lembrar disso. Nunca poderia esquecer Sherlock - com suas frases celebres - e Agatha. Sempre fui leitor desse personagem e escritora. Vc me fez relembrar de livros e com vontade de ler alguns novamente. Muito bom mesmo!!

Abrcs
Trujillo

Thiago Borges disse...

Excelente blog cara...
Não sei se você já ouviu falar, mas tem gente que acredita piamente que o Sherlock Holmes existiu, que foi uma pessoa real, e olhe que até pessoas esclarecidas acreditam nessa história!
hehehehehehehehe

E sobre a postagem lá de baixo, já tem algum tempo que eu abusei do Pânico e estou começaaaaaaaaaaaando a abusar do CQC =/

Mr. e Mrs. Ironia disse...

Hoje todo mundo que tem apoio editorial (R$) é escritor, e qualquer mísera compilação de folhas com "preciosos" escritos vira best-seller. Parece que o povo brasileiro tá aderindo mais às leituras né? Só que...não são espécies de clássicos, como Sherlock e Aghata. São livretos de auto-ajuda, de ex-garota de programa, de atriz contando sua história de vida... mas é assim que começa, né?

Pádua disse...

Ah...o bom sherlock holmes...

July disse...

ótima lembrança!
não sabiia mais me fez feliz lembrar um pouco do sempre bom Sherlock Holmes!

;D


http://euamonutella.blogspot.com/

Moderador disse...

boa li um livro e gostei

tambem vi alguns filmes

boaa

hwww.anapolisonline.blogspot.com

• blogaritmox • disse...

como você lê!
eu só faço promessas; e o sherlock está na minha lista branca.

soube por aí que ele nunca disse a 'sua' mais célebre frase: "É elementar, meu caro Watson!"

enfim, há muito eu pego livros e os abandono pela metade. como sou escritor, demoro demais numa página: eu fico admirando o estilo do autor (quando ele tem).

that's it!

abraçao

Tony Prado disse...

É vero, Thico. A frase "Elementar, meu caro Watson!" foi criada na peça de teatro, assim como o cachimbo curvo.

• blogaritmox • disse...

é importante que toda pessoa saiba disso antes de ler o livro, pra não causar frustração. confesso que se eu não soubesse disso e pegasse um livro do sherlock e não achasse o famoso bordão, por mais que o livro fosse bom eu ia me decepcionar!

isso quase aconteceu em Casino Royale. Eu passei o filme todo esperando o 007 dizer "Bond. James Bond". Sorte que ele disse, no finalzinho, mas disse!

Caio Rudá de Oliveira disse...

Bacana, a homenagem. Sherlock é o maior detetive de todos os tempos, sem dúvida, ou ao menos o mais famoso deles.

Já li Um estudo em vermelho e As aventuras de Sherlock Holmes (acho que é esse o nome) e adorei bastante. Assim que puder lerei os outros. Também já me encantei com Hercule Poirot. Enfim, sou fã da literatura policial.

vinicius_bracin_01 disse...

Quando se fala em Sherlock Homes não se pode esquecer de como ele influenciou o seriado House.
Olha só :
Nome: Holmes tem a sonoridade de Home (Lar) enquanto House significa casa.

Música: Holmes toca violino, House toca guitarra e piano.

Melhor amigo: médicos, Wilson e Watson.

Endereço: House e Wilson compartilharam apartamento, assim como Holmes e Watson. O apartamento tem o número 221B, como o de Holmes e Watson

Vícios: Holmes em cocaína, House em analgésicos.

Método: dedutivo e amplo conhecimento.

Inimigo: Moriarty, o homem que atirou em House, é o nome do maior inimigo de Holmes.

Preguiça:House e Holmes são extremamentes preguiçosos quando não estão envolvidos em casos.

Holmes costuma resolver casos que a policia não consegue; House resolve casos que os outros médicos não conseguem.


roubei lá do Wikipédia =D