OS OLHOS DE UMA CRIANÇA SOBRE O TERROR DO HOLOCAUSTO

Este aqui não é um Ler, Ver e Ouvir. É só um post no qual eu quero falar sobre um filme, baseado num livro homônimo, que, quando chegar no Brasil, eu com certeza verei.

Trata-se de The Boy in the Striped Pyjamas (O Menino do Pijama Listrado, aqui no Brasil), escrito pelo irlandês John Boyne e que virou filme a ser lançado ainda este ano. Escrito para crianças, mas pode ser muito bem lido por adultos, conta a história de Bruno, o filho de nove anos de um general nazista que se vê obrigado a ir com a família para uma cidade chamada Out-With (na verdade, Auschwitz, aquela que trás tantas memórias ruins pro mundo inteiro), graças ao comando do Fúria (que é como o menino pronuncia Führer, o terrível título de Hitler).

Da sua nova casa, ele passa a presenciar uma cena curiosa: diversas pessoas indo e vindo, vestidas com as mesmas roupas, ou seja, pijamas listrados de cinza e preto, e um bonezinho do mesmo estilo na cabeça. Tenta encontrar com a irmã, Gretel, de 12 anos, com quem não se dava muito bem, uma resposta sobre o que aqueles indivíduos faziam. Mas nenhuma das suposições que saem das conversas entre os dois satisfazem-no. Assim, ele começa a fazer o que sempre fez na sua antiga moradia: sai para explorar. E, numa dessas andanças, ele descobre uma cerca que separa a casa dele de onde aquelas pessoas de pijamas listrados vivem e, do outro lado, encontra um menino: Shmuel, da mesma idade dele, porém com um semblante desamparado, com quem faz amizade. A partir daí, os dois sempre se encontravam, no mesmo lugar, separados pela grande cerca, para conversarem um com o outro, jogarem e comerem juntos.

Bruno sempre pergunta ao novo amigo sobre como é o outro lado da cerca. Talvez por não saber direito o que realmente ocorre lá dentro, talvez por não querer assustar o seu único amigo, ele acaba disfarçando às vezes, aumentando ainda mais a curiosidade do filho do general. Que, em determinado momento da história, vestido com um daqueles pijamas providenciado por Shmuel, atravessa a cerca e acaba por participar de uma aventura que mudou o destino, tanto dele, quanto do amigo que daquele lado vivia.

Só não vou contar mais, porque se não eu entrego o grande tesouro, a melhor parte da história pra vocês. Mas, com certeza, o maravilhoso da história não é só o enredo em si, mas ver o quanto de inocência que permeia cada coisa nele. Ver que o poder da amizade, ainda mais a de crianças, pode fazer algo tão grande acontecer. Ver que crianças, seres que ainda não foram corrompidos pela perversidade da vida, não vêem justificativa para guerra nenhuma. E que o preconceito não existe para aqueles que têm o coração cheio de amor.

Se você quiser ver o trailer do filme, fique à vontade!

E espero que, assim como eu, você fique na expectativa.