Nascido no coração do povo brasileiro, o samba é tido por excelência como o ritmo do Brasil. Em qualquer parte do mundo – tirando países como a Ossétia do Sul! –, quando se fala desse gênero musical lembra-se destas terras tupiniquins. Graças a ele, a nossa festa nacional mais conhecida por todo o planeta surgiu: o sempre hedonista Carnaval. É um dos patrimônios imateriais da nossa pátria e desde sempre contou com grandes vozes e representantes, como Ary Barroso e sua Aquarela do Brasil – que de tão popular chegou a ser cotada para ser o novo hino nacional –, Carmen Miranda, suas baianas e bananas exportadas para os EUA, João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes e a explosão da Bossa Nova, os pagodeiros Jorge Aragão e o etílico Zeca Pagodinho, etc.
Mas e agora? O que há de arejado no novo samba brasileiro? O que surgiu nos últimos anos e pode se afirmar como fazendo parte de um renascimento, de uma volta aos modelos antigos?
Neste sentido, são muitos os cantores que podemos apresentar. Cantoras, mais exatamente. Sim, porque, assim como no início, quando o samba-de-roda era puxado por mulheres em lugares como a Bahia, o Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro – pois, assim como outros muitos artigos da cultura brasileira, o samba não é algo restrito a um local designado, como os morros cariocas, apesar de lá terem encontrado uma maior abrangência –, hoje, as novas emissárias do estilo são do sexo feminino. Quero dizer: a maioria. De alguns anos para cá, mais exatamente nesta década, surgiram, por exemplo, a premiadíssima Maria Rita, filha do furacão Elis Regina, que ficou ainda mais conhecida depois que sua música virou tema de abertura da novela global Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva.
Também podemos incluir na lista a potiguar criada no Rio, Roberta Sá, que, ao contrário de Maria Rita, que faz uma música mais enérgica, traz para suas músicas uma cadência bem própria ao antigo jeito do samba. Com três CDs já lançados desde 2004, já teve uma regravação sua de uma música do saudoso Dorival Caymmi, A Vizinha do Lado, tocada na novela Celebridade, também da Globo. Hoje você pode ouvir uma de suas músicas, talvez a mais bela canção sua, na trilha sonora da atual novela das 18h, Negócio da China, Mais Alguém – que também virou indicação minha no Ler, Ver e Ouvir.
Ou seja, além de ser uma ótima atividade comercial, o novo samba apresenta-se como uma tentativa de regresso às raízes em comunhão com as inovações no processo de produção dos discos, etc e tal, e a sempre superior voz feminina. Porque não adianta nada querer que o samba não morra e não fazer nada por ele. É como prolongar a vida de um moribundo.
Mas, é sério, eu acho que, apesar dos pesares – subentenda-se: samba-funk, samba-rap... –, o samba está é muito vivo e vai ser ruim de ele morrer. Porque, enquanto existir um brasileiro de verdade nesse mundão de Deus, ainda vai existir um passinho pra cá, dois pra lá, um pandeiro, um cavaquinho, um violão...
10 pessoas não são caloteiras! Viva! \o/:
Pra falar a verdade eu até curto um pagodinhoo....agora samba de raiz mesmo não,mas bom o que vale é a iniciativa né =D
abraçosss
legal o texto
fico show o post
abraçao
Muitas coisas se copia...outras se aperfeiçoam...mas pouco se tornam autenticas!!
www.todoralodanumesgoto.blogspot.com
mt bom o blog...cultura eh oq nao falta!
Não deixemos o samba morrer, meu caro.
è só continuarmos com posts como a minha simples homenagem ou o seu belo artigo!
Vá lá conferir minhas palavras tb.
Ah, reparou como o seu selo combinou com o meu template? rs Tá lá!!! Abç, Leo Pinheiro
Eu acrescentaria à essa lista a maravilhosa Mart'nália!
Mart'nália! Adoro Refazenda!
Só fera da MPB heim...
Blz...
É dançar um samba é bom demais, nao posso negar, haha.
http://tiomah.blogspot.com/
http://publicandobr.blogspot.com/
eaee manero o post mas eu num gosto mto de pagode nem de samba...soh no carnaval msm....tom jobim eh genio...mas eu naum gosto tbm heheheh
um grande problema do dia hj ehhh confundi samba com pagode
um samba bem feito tem o seu lugar!
conheço razoavelmente a maria rita, mas meu preferido sempre será o bem-humorado Zeca Pagodinho, ao lado do mais filosófico Gonzaguinha.
já a Roberta Sá veio do Fama, né? mais uma das raríssimas revelações do reality global. o tal do Fabio, vencedor da última edição, já saiu de lá sendo um Zé Ninguem! Demorou mil anos pra ir ao Faustão (e se não me engano, não voltou mais lá), e a própria Globo o lançou no ostracismo. Nem as outras emissoras (nem a Rede TV!) se interessaram em explorá-lo. Certo dia fui a um casamento e ele estava lá, não como cantor mas como convidado, e só reconheci porque meus pais (que sempre viam o Fama) me apontaram. Ninguém procurou o cara pra pedir um autógrafo, nada...
enfim, viva o samba, que bom sujeito eu sou!
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