O ETERNO DILEMA CHAMADO CAPITU

Quem entra no Brazilian Damn e dá uma olhada no topo vê nele a figura do maior escritor da literatura brasileira: Machado de Assis. Um leitor do blog até elogiou-me por isso, por ter colocado para representar nosso país esse grande autor em vez do POP – ou seria POOPY? – Paulo Coelho. E o livro mais expressivo de toda a obra do fundador da Academia Brasileira de Letras e seu eterno presidente – que deve estar se retorcendo em cãibras funéreas por conta das atrocidades que este órgão que, no lugar de velar por nossa língua escrita, está assassinando o português –, pelo menos pra mim e vários críticos por aí afora, é Dom Casmurro, o livro que trata da forma mais magistral possível sobre a traição.

E quem lê o livro se pergunta, graças ao benefício da dúvida com o qual o narrador nos presenteia, se Capitu, a menina que era mais mulher que Bentinho era homem, traiu ou não seu marido. Seria muita presunção da minha parte ou de qualquer outra pessoa dar um ultimato sobre esse assunto, que ecoa há tanto tempo... Mas enquanto não se resolve esse eterno dilema, vão surgindo várias e várias formas de recontar essa história que acabou se tornando um clássico, não só da literatura brasileira, mas da universal.

Capitu, a microssérie que estreará na Globo amanhã, é uma dessas recontagens que, pelo que as chamadas mostraram, será o mais fiel possível à obra. Estrelada por Maria Fernanda Cândido no papel de Capitolina já adulta, e tendo em seu elenco Eliane Giardini como Dona Glória, a mãe de Dom Casmurro, ela faz parte de um projeto da casa dos Marinho que representará na televisão quatro obras da nossa literatura. A Pedra do Reino, baseada na obra homônima de Ariano Suassuna, foi a primeira das quatro. Capitu é a segunda.

Convido a todos os fãs de Machado de Assis a assistirem a microssérie e depois passar aqui para comentá-la, claro!

Clique aqui para visitar o site oficial da microssérie.